Desde a antiguidade grega, na qual os impasses do irrracional e do infinito foram dominantes, e até os nossos dias, as correntes filosóficas tem encontrado na Matemática suas melhores armas para o confronto. Ainda na Grécia surge a concepção platônica, que acreditava que os entes que formavam os embriões da Matemática não eram físicos e nem dependiam do tempo /espaço para o serem, por isso para ele a Matemática era imutável. Com a ampliação dos conhecimentos a discussão prosseguiu no Mundo Medieval e Moderno, sempre nas mãos de uma elite intelectual a partir de uma comunicação escrita quase que inteiramente em linguagem retórica. E assim ao longo da história a ciência matemática propiciou muitos embates, que sempre concorreram para seu progresso. Porém coube aos estudiosos dos séculos XVII e XVIII estabelecerem as bases da Matemática moderna. Já no início do século XX três escolas do pensamento matemático deram continuidade ao árduo trabalho de formatar a Matemática. Tratava-se do logicismo, do formalismo e do intuicionísmo. Ocorre que após a Segunda Guerra Mundial surgem novas concepções de ensino de Matemática, buscando aproximar o saber escolar do saber científico. No Brasil o novo modelo de ensino foi recebido com o nome de Movimento de Matemática Moderna (MMM) e ganhou força a partir da década de 1960, mas na década de 1980 essas ideias já haviam arrefecido, e foi o divisor de águas entre a Matemática e o surgimento da Educação matemática brasileira. A partir daí as diferentes visões sobre a qual se assenta a disciplina, ora como artefato cultural, ora como o mundo das ideias, a Matemática foi polarizada em dois extremos: um empirista, guiado pela experiência e a outro racionalista, fruto da razão em si. Ocorre que entre tais concepções não há pontos de interseção. Por isso o que se vê é uma Educação Matemática afastada da Matemática. E essa rápida expansão não possibilitou ainda a demarcação da Educação da Matemática “dentro” da Matemática. De forma que esse artigo se propõe refletir sobre a gênese da Matemática, seu desdobramento e conhecer as discussões pelos especialistas sobre a conceituação da Educação matemática dentro da Matemática. Para tal adotou-se por metodologia a pesquisa bibliográfica desenvolvida a partir de um material já elaborado, constituídos principalmente de artigos científicos.