O estudo que apresentamos neste artigo trata-se de um recorte de uma pesquisa de Mestrado que está em curso na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, vinculado ao Programa de Pós-graduação – Centro de Educação, na linha de pesquisa Educação, Currículo e Prática Pedagógica. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, na qual objetivamos refletir sobre o conceito de alfabetização fazendo um contraponto desse processo dentro das teorias mecanicista e psicogenética, destacando o conceito de letramento e descrevendo as características da prática de se alfabetizar letrando. Para esse momento da pesquisa fizemos uma revisão bibliográfica fundamentada em autores clássicos nas questões de alfabetização e letramento como Ferreiro, Teberoski e Soares, como também trouxemos as contribuições de outros autores e pesquisadores da atualidade sobre o assunto. O nosso interesse pelo tema está diretamente ligado a diversos fatores de nossa experiência enquanto profissionais alfabetizadores e pesquisadores dessa temática. Acreditamos que, em um primeiro momento, conceituar a alfabetização pode parecer muito claro, afinal, é comum associá-la ao ensino e aprendizado da leitura e escrita. Mas em nosso estudo buscamos as especificidades da alfabetização, sua relação indissociável com outro conceito semelhante, que é o de letramento, tudo isso dentro de um processo histórico e evolutivo. Além da compreensão dos significados procuramos entender e caracterizar a alfabetização na perspectiva do letramento. Acreditamos que para o exercício de uma prática pedagógica que resulte no aprendizado consciente e reflexivo dos estudantes é preciso ter claro os conceitos, significados e implicações das ações docentes para a construção de conhecimentos por parte dos estudantes.