Este trabalho tem por objetivo apresentar uma análise feita em dois livros Didáticos utilizados na Educação Básica de todo o País, no ensino de língua portuguesa. A análise teve como objetivo observar como esses livros contribuem com a aprendizagem dos alunos e com o trabalho do professor de língua materna. A análise avalia as atividades dos livros para perceber que concepção de ensino de língua esse material fomenta; parte-se da hipótese de que o livro didático deve ser coerente e reflexivo caso seu objetivo seja a aprendizagem dos alunos a partir de uma perspectiva do uso cotidiano dos falantes e da análise científica da língua, em lugar do conhecimento puramente gramatical. Os livros analisados são: Ápis: Língua Portuguesa (2016-2018) e Porta Aberta: Língua Portuguesa (2013-2015), ambos para o 4º ano do ensino Fundamental, aprovados pelo PNLD – Programa Nacional do Livro Didático. Selecionou-se o capítulo sobre o substantivo, buscando observar como esse tema é trabalhando nas turmas de 4º ano que utilizam esse material. Tem-se como referência teórica as leituras de autores que têm refletido sobre a temática, como Antunes (2003), Bagno (2013), Faraco (2008) e Possenti (2006), o que auxiliou com parâmetros e reflexões sobre como deve ser feito o ensino de língua portuguesa que vise o desenvolvimento comunicativo de alunos do ensino fundamental. De modo amplo, ambos os livros didáticos distribuídos nas escolas públicas devem servir de apoio ao professor e para aluno, umas das críticas frequentes dos professores é que em nada os livros ajudam quando tratar do uso cotidianos da língua, por terem uma linguagem completamente distante da realidade do aluno e da escola. Nos livros analisados, observou-se atividades que estão alinhadas com a perspectivas teóricas da interação cotidiano dividindo espaço com atividades com forte teor tradicional, observando um misto de concepções quando se trata das atividades propostas pelo livro.