Ao longo das últimas décadas, discussões sobre o campo e a educação que importava a estes sujeitos sociais bem como a seus contextos, ganharam força e conquistaram novos espaços sociais e políticos. As conquistas alcançadas pelos movimentos sociais populares do campo ressignificaram a Educação do Campo. Surgiram novas experiências de Educação Popular e de Educação do Campo por toda a América Latina, assim como continuaram as tentativas de integração política nesta região, que fossem capazes de fortalecer esses países, tão dependentes da economia externa. Dentro destes ideais, surgiram os Institutos de Agroecologia Latino Americanos (IALAs), pela Via Campesina-CLOC, que propunham formação em Agroecologia a jovens oriundos de movimentos sociais no método da Pedagogia da Alternância. O objetivo deste artigo é, primeiramente, analisar como a Educação Popular se encontra com a práxis da Educação do Campo nas recentes experiências dos IALAs; bem como apresenta-los, brevemente, em seus elementos constitutivos. A pesquisa é bibliográfica e qualitativa, e pauta-se no método da dialética. Como resultado, percebe-se que os IALAs, em seus respectivos países, propõem uma formação teórica e prática em Agroecologia que está em consonância com os princípios de uma educação que seja gerada a partir da própria necessidade e da própria realidade da população, neste caso, a população camponesa, direcionado à transformação social. É o ponto em que autoras como Paludo (2015) e Ribeiro (2010) identificam elementos da educação popular nas propostas da Educação do Campo. A educação se torna, portanto, prática e teoria para processos de resistência e de emancipação humana.