Os adolescentes passam por diversas transformações durante a puberdade. Nesse sentido, é comum nessa faixa etária, compreendida entre 15 e 19 anos, o surgimento das numerosas dúvidas, e que os deixam bastante confusos e inquietos, principalmente no que diz respeito à sexualidade, assunto que ainda é considerado um tabu. É nesse período de transição, mudanças, emoções e sensações, bem como inversões da própria sociedade que os adolescentes, muitas vezes acabam por manifestarem sua sexualidade de diversas formas, entre elas, e mais preocupante, a prática sexual precoce e desprotegida. Por esse motivo, o trabalho tem como objetivo avaliar o conhecimento dos alunos da primeira série do ensino médio, sobre as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e no segundo momento, por meio de uma intervenção, buscando agregar conhecimento, numa perspectiva de construção da cidadania, e desconstrução do conhecimento errôneo, advindos da rua, de conversas informais com amigos. Vale ressaltar, a escola como sendo um espaço de socialização, produção e disseminação do conhecimento, sendo essa também, o ponto de encontro onde a maioria dos adolescentes passa o tempo. É importante que os profissionais da educação trabalhem intervenções com esses temas, de forma que, aproxime o educando da realidade. O estudo foi desenvolvido através das atividades realizadas pelos alunos bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). A pesquisa foi dividida em etapas sequenciais. 1) Aplicação dos questionários para avaliar o conhecimento prévio dos educandos. 2) Análise dos dados 3) Intervenção pedagógica, trabalhando em cima das informações coletadas inicialmente, por meio de uma palestra e rodas de conversas para tentar sanar dúvidas existentes. Foi possível concluir que, ainda existem lacunas a respeito do tema, por isso, essas intervenções devem ser trabalhadas de forma contínua com esses educandos. Nota-se também que a Aids é a mais conhecida, deixando as outras ISTs no esquecimento. Esse é um dado crucial, para que os docentes, bem como o governo possam trabalhar em função dessas informações. O apoio do governo numa perspectiva de construção de políticas públicas voltadas para esse público é de extrema importância, não só para os educandos, mas também para os profissionais que encontram-se todos os dias nas escolas, lidando com esse tipo de questionamento, e recuando na maioria das vezes, por não estarem preparado.