O ensino de modelos atômicos é bastante desafiador, pelo fato do átomo ser uma realidade impossível de ser vista. Redimensionar esse conteúdo para um campo visual, proporciona aos educandos a manipulação do material, a percepção de algo concreto e com isso o conhecimento é assimilado de forma menos confusa. Os professores devem incentivar os alunos para que eles sejam mais ativos no processo de aprendizagem, deixando no passado as aulas essencialmente expositivas, enraizadas na cultura tradicionalista, que ainda persiste em nosso cotidiano. O uso de modelos didáticos, como modelos atômicos são de extrema importância no Ensino de Ciências principalmente nas séries finais do Ensino Fundamental onde se trabalha conteúdos abstratos e de difícil assimilação, sendo assim, esse trabalho tem como objetivo observar como a construção de modelos didáticos por alunos do 9º ano podem favorecer a relação ensino-aprendizagem, através de uma dinâmica para representação da distribuição eletrônica de átomos. Foi aplicado um questionário pré-teste para obter os conhecimentos prévios dos alunos sobre átomos após a aula teórica, e outro pós-teste com as mesmas questões, para uma análise comparativa a respeito do conhecimento construído no decorrer da dinâmica e verificar a contribuição da construção dos modelos didáticos no processo de ensino-aprendizagem, além disso, foram coletados relatos de alguns alunos sobre a dinâmica. Os dados obtidos revelaram a precariedade no conceito de átomo no pré-teste, que em linhas gerais, a maioria dos alunos detinha informações errôneas e pouco conhecimento sobre esse conteúdo e suas relações, porém houve um aumento significativo no número de acertos no pós-teste, e com isso, a evolução dos alunos no entendimento dos conceitos relacionados ao questionário, observou-se que apenas com a aula teórica o desempenho dos alunos foi menos satisfatório, os alunos relataram que eles mesmos participando da construção dos modelos facilita ainda mais a compreensão. A atividade executada pelos discentes permitiu uma maior interatividade e interesse em aprender, além de ajudar na construção do conhecimento e desmistificar a ideia negativa que muitos alunos tinham quando se falava em estudo do átomo.