A necessidade da abordagem prático-experimental no processo de ensino-aprendizagem de uma ciência natural como a física resulta da validação da experimentação como a busca por desvendar a natureza, a ciência da experiência. A realização de atividades prático-experimentais como estratégia didática tem sido apontada por professores e alunos como uma das maneiras mais frutíferas de se minimizar as dificuldades em aprender e ensinar física de modo significativo e consistente (Araújo, 2003). Por sua vez, a óptica geométrica é a teoria que explica como a luz se comporta ao encontrar objetos cujas dimensões são muito maiores que seu comprimento de onda. O modelo leva em consideração alguns conceitos fundamentais: os raios luminosos e duas leis que descrevem a mudança de direção desses raios nos processos de reflexão e refração. Partindo dessa problemática, propomos uma atividade para tentar sanar essa dificuldade, levando para a sala de aula aplicações prática de conceitos de óptica. O objetivo deste trabalho é apresentar de maneira prática a biofísica da visão. A aplicação dessa atividade foi muito satisfatória, tanto pelo maior envolvimento dos alunos quanto pela maior compreensão demonstrada por eles. O fato de a escola não conta com o espaço físico de um laboratório não foi empecilho, a prática foi realizada na própria sala de aula, com a participação quase que total dos alunos. Eles puderam associar conceitos teóricos com algumas aplicações práticas, como foi o caso da oftalmologia. Levar em consideração o que os alunos trazem de conhecimento na bagagem mostrou-se um ótimo caminho para uma aprendizagem mais sólida, uma vez que torna mais rico certos conhecimentos prévios e os mesmos passam a adquirir novos significados.