O preconceito racial acontece quando uma pessoa, ou mesmo um grupo, sofre uma atitude negativa por parte de alguém que tem como padrão de referência o próprio grupo racial. Para intervir, de forma preventiva e reflexiva, foi desenvolvido um projeto que objetivou promover o desenvolvimento empático com foco no tema preconceito racial. A empatia pode ser definida como a capacidade de se colocar no lugar do outro e inferir seus sentimentos de forma mais adequada à situação do outro do que a sua própria situação. A pesquisa-intervenção foi executa em dois grupos de cerca de 18 crianças cada, que cursavam o terceiro ano do ensino fundamental I em uma escola pública da cidade de Campina Grande-PB, na faixa etária de oito a dez anos. Os dados foram registrados em um Diário de Campo e analisados por meio da Análise de Conteúdo de L. Bardin. A pesquisa seguiu todos os procedimentos éticos exigidos em pesquisas que envolvem seres humanos. Para promoção da empatia, utilizou-se como recursos: a contação da narrativa “E pele tem cor?, o vídeo psicodramático, a fantasia dirigida e o teatro de reprise. A partir das intervenções realizadas foi possível conduzir os participantes a se colocar no lugar do outro e a partir dos sentimentos gerados, não realizar mais (ou corroborar com) o preconceito racial, o racismo e a discriminação ético-racial. Espera-se que a forma de abordar o preconceito racial pelo viés da empatia inspire outros trabalhos de pesquisa e intervenção que considere outras faixas etárias e outros públicos além do corpo discente, com o objetivo de construir uma geração mais consciente, liberta de preconceitos negativos para com o outro e para com a sociedade.