Para que a ciência pudesse tornar-se institucionalizada foi necessário considerar que somente o conhecimento científico oferecia a verdade. Essa só poderia ser aceita na comunidade se caso fosse comprovada através de métodos científicos válidos. Augusto Comte, um dos líderes do movimento positivista (XIX), revelava, através dessa, uma ideologia que considera as ciências sendo neutras e livres de juízo de valores (BORGES, 1996). A proposta experimental é tratada habitualmente como protocolos fortemente formalizados ou ensaios, no qual o primeiro faz referência à insistência voltada à precisão formal e o segundo faz menção há algo treinado (mecanizado). Ambos são importantes para a formação, mas realmente o segundo tratamento é o mais cotidianamente desenvolvido no âmbito institucional (FOUREZ, 2003). As atividades experimentais investigativas se contrapõem das perspectivas tradicionais, comumente expositivas que terminam por minimizar as potencialidades desse recurso didático, porque partem de situações problema que, em sua maioria, aguça a curiosidade e a autonomia dos discentes para a proposição de hipóteses sobre o fenômeno, para a escolha dos procedimentos a serem adotados, e na discussão dos resultados, com o objetivo de construção coletiva do conhecimento (GONDIM; MÓL, 2007; GPEQ, 2003). Nesse contexto, o presente trabalho, lançando mão da experimentação de caráter investigativo, objetivando a compreensão e a discussão de conceitos e/ou leis da Química, com base na realidade dos estudantes, de tal forma que estes venham a repensar sobre o real significado da ciência propriamente dita. Esta proposta experimental possui um caráter investigativo e contextualizado à realidade dos estudantes da segunda série do Ensino Técnico Integrado em Informática do IFBA, campus Vitória da Conquista, sendo não apenas um instrumento didático que contribua para a melhoria do desempenho dos estudantes no componente curricular de Química, mas também para o interesse dos jovens em fazer ciência.