O presente trabalho tem o objetivo de analisar, a partir de um estudo bibliográfico, a importância do ato de brincar no desenvolvimento da criança da Educação Infantil. Atualmente muitas crianças não aproveitam ou vivenciam brincadeiras, como às vivenciadas em tempos pretéritos, demonstrando preferência por jogos digitais, a sair para brincar e movimentar o corpo, ou interagir com outras crianças. Tais comportamentos parece empobrecer a infância. Buscamos respaldo teórico em estudos realizados por Friedmann (2012), Moyles (2006), Afonso e Silveira (2009), dentre outros. Também serviu de inspiração, reflexões decorrentes de uma oficina sobre o brincar, realizada em sala de aula, com alunas do curso de Pedagogia da UEPB, bem como de reflexões acerca da prática pedagógica na condição de professora da Educação Infantil. Sabendo que o brincar é a linguagem mais expressiva da criança, entende-se que esta linguagem favorece o desenvolvimento de habilidades sociais e criativas, bem como propicia a apreensão de valores e a construção de atitudes de respeito ao outro pela criança. É através do brincar que ela pode significar seu entorno, sua cultura, e elaborar conceitos. Ademais, o brincar pode auxiliar no desenvolvimento do raciocínio lógico, da atenção e agilidade na resolução de problemas e desafios, do trabalho em equipe, da coordenação motora, do desenvolvimento das atividades mentais superiores, ao serem trabalhados interpretação, organização de dados, levantamento de hipóteses, imaginação e criação no faz-de-conta. Porém apesar da relevância atribuída ao brincar na infância, estabelecer práticas lúdicas em instituições de Educação Infantil ainda representa um grande desafio às práticas curriculares e pedagógicas.