O artigo em tela tem como objetivo apresentar uma análise acerca das questões sobre trabalho e
questão social no âmbito da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), por meio de pesquisa
de campo e aplicação de entrevistas junto aos trabalhadores que prestam serviço à instituição, de forma
indireta ou direta. Percebendo a conjuntura no cenário político e econômico da Universidade, bem como, a
precarização (estrutural e financeira) e o sucateamento que se tem vivenciado atualmente, em ameaças
constantes de privatização, justifica-se a necessidade de observar o certame. Vimos, portanto, a possibilidade
de abranger mais detalhadamente o conteúdo, colocando em pauta as necessidades da classe proletária tanto
no âmbito do trabalho como fora do seu local de emprego. Dessa forma, compreenderemos com mais clareza
sobre as expressões da Questão Social no universo da precarização do trabalho a partir da análise dos dados
levantados na pesquisa. Foi possível observar por meio dos nossos estudos e análise de dados
coletados na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – campus central Mossoró/RN que os
trabalhadores que possuem uma menor escolaridade são os que exercem os serviços de segunda
ordem, podendo-se destacar negros e pardos. Além de ser perceptível o processo cada vez mais
forte de precarização nos serviços de educação gratuita, tanto para os educadores como para os
demais que compõem a classe trabalhadora da Universidade Estadual. Toda essa lógica do sistema
capitalista está permeada por interesses lucrativos, onde a falta de estrutura e os diversos problemas
pautados expressam o descaso do governo do Rio Grande do Norte com a ampliação e melhoria desse modelo de
educação.