Com base na lei de diretrizes e bases da educação pública (LDB) de 1996, os alunos com necessidades especiais devem frequentar obrigatoriamente a classe regular de ensino, para que todos possam desde cedo conviver com a diversidade, como também haverá, quando necessário, serviços de apoio, especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela da educação especial. Percebe-se que o ato de ensinar ciências, requer uso de um pluralismo metodológico que considere a diversidade de recursos pedagógico-tecnológicos disponíveis e a amplitude de conhecimentos científicos a serem abordados na escola. Diferentes metodologias possibilitam que os professores proponham desafios aos alunos, estimulando-os assim a conhecer os elementos químicos, formar moléculas e conhecer as particularidades das cadeias carbônicas além de facilitar o entendimento dos grupos funcionais. O objetivo deste trabalho foi confeccionar um material pedagógico de fácil manuseio e confecção, para facilitar o entendimento por parte dos alunos cegos com relação à química e auxiliar os professores a ministrar os conteúdos de uma forma dinâmica, que favorece o processo de ensino e aprendizagem. Foi desenvolvido um recurso didático para trabalhar ligações químicas, oriundo da metodologia de recursos adaptados para surdos e cegos da disciplina de Educação Inclusiva II, que auxilia os estagiários a ministrar o conteúdo de uma forma dinâmica, que consiste no uso de E.V.A., uma placa de alumínio e imãs. A placa de alumínio (com dimensões de 30 cm × 60 cm) foi usada para ficar colocada na parede, e os imãs, depois de cortados em pequenos pedaços, foram colados atrás dos elementos, ligações de hidrogênio e elétrons, feitos em E.V.A. Observou-se que os alunos cegos conseguiram construir as fórmulas moleculares das substâncias químicas bem comuns do nosso dia-a-dia, como a água. Os discentes afirmaram que tiveram facilidade na compreensão das fórmulas e ligações que lhes foram propostas, demonstrando que o recurso é uma alternativa viável para uso em sala de aula, uma vez que este facilita a construção mental das imagens moleculares. O material foi elaborado para ser trabalhado com alunos cegos do ensino médio, e destaca-se como de fundamental importância na motivação no ensino da química e uma alternativa facilitadora no processo de ensino e aprendizagem de maneira significativa.