É na fase da infância que apresenta-se importantes aspectos para a formação de hábitos e práticas comportamentais em geral, especialmente, as alimentares. Entre as possíveis medidas de intervenção, destaca-se a Educação Alimentar e Nutricional (EAN) como um componente decisivo na promoção de saúde. A escola como ambiente de interação social ativa associada a vulnerabilidade da criança no que se refere a influência de escolhas e comportamentos, configura-se um importante meio de propagação de hábitos alimentares saudáveis, tanto individuais quanto coletivos, o que a torna alvo de ações educativas nutricionais envolvendo conhecimento e prática, difundindo assim a promoção em saúde. Dessa forma temos como objetivo discutir a importância da Educação Alimentar e Nutricional no campo escolar como ferramenta para mudanças de hábitos alimentares. Na perspectiva metodológica, o presente artigo constitui-se de um estudo teórico de revisão literária, baseado na abordagem qualitativa e desenvolvido a partir de reflexões sobre autores como Paula Penatti Maluf; Marize Melo dos Santos e Mariana de Senzi Zancul, dentre outros, assim como em documentos oficiais e artigos publicados em bases de pesquisa como Google Acadêmico e SciELO (Scientific Eletronic Library Online). Permitindo-se assim a promoção do diálogo desses estudos com as teorias em que se baseiam à Educação Alimentar e Nutricional. É notória a importância das medidas de EAN na construção de hábitos alimentares saudáveis na escola, tendo em vista que esse é um dos principais ambientes de aprendizado de crianças e adolescentes. Desse modo, leva-se ainda em consideração nesse processo fatores familiares, socioeconômicos e culturais que estão diretamente relacionadas às escolhas alimentares de qualquer indivíduo. Os profissionais de nutrição asseguram à integralidade da atenção à saúde para atuar no âmbito da EAN escolar, considerando sua capacitação para promover saúde coletiva, o que engloba a construção de hábitos alimentares saudáveis. Entretanto a iniciativa das escolas de promoverem mudanças no comportamento alimentar sofre interferência da publicidade infantil. Portanto, faz-se necessário o uso de instrumentos educacionais facilitadores que possibilitem à elaboração de intervenções nutricionais adequadas de acordo com a realidade de cada meio escolar, levando em consideração a descoberta de novos hábitos alimentares que contribuam positivamente na promoção da saúde, como a utilização de filmes e projeções. Sendo assim, as políticas públicas devem transcender os limites das unidades de saúde e inserir-se nos campos sociais, como estratégia para a promoção de saúde e reeducação alimentar dos indivíduos, de forma que a escola e o núcleo familiar possam agir em conjunto sem ferir as questões culturais do ambiente em que os mesmos estão inseridos.