A popularização da internet produziu novas práticas sociais, principalmente, devido à sua universalidade e atemporalidade, bem como propiciou novas perspectivas de espacialidades que vêm contribuir como ferramenta para uma nova cultura na educação, entendida como uma nova forma de elaboração e disseminação do conhecimento. Isso exposto, esta investigação científica teve como objetivo analisar o processo de apropriação e utilização das mídias digitais por alunas universitárias na aquisição de conhecimento, com idades entre 40 e 60 anos. Interessou-nos estudar como essas transformações são percebidas na esfera educacional, por discentes que passaram pela formação escolar liberal/tradicional, ou seja, efetuaram o primeiro contato com os dispositivos tecnológicos midiáticos depois de adultas e dentro da universidade. Na sociedade contemporânea, são visíveis as ressignificações de um sujeito imerso em um contexto de globalização cultural, de multiculturalismo e de intertextualidade. Os universitários, na contemporaneidade, fazem uso das mídias digitais, considerando que esse fato pode fazê-los passar por uma readaptação no ambiente de ensino para a utilização das novas tecnologias de comunicação digital interativa em rede, em especial a internet. Quanto à metodologia, classifica-se esta pesquisa de tipo exploratório/descritivo, o universo deste estudo é formado por mulheres com idade entre 40 e 60 anos - estudantes universitárias de uma IES privada, em Natal, capital do Rio Grande do Norte - matriculadas regularmente, a população é representada por 177 mulheres. A utilização da técnica quantitativa foi realizada através da aplicação de um questionário com perguntas fechadas (instrumento da pesquisa). No que se refere a compreender de que forma as interagentes recebem as mídias digitais, foi possível observar que elas buscam se integrar ao mundo tecnológico e até possuem dispositivos que podem inseri-las nesse mundo, entretanto – na prática - esses aparelhos são manuseados pelos filhos, maridos ou colegas de classes mais novos e que, para as interagentes, possuem mais habilidade do que elas, algumas delas consideram que não tem mais cabeça para aprender; nem tentam aprofundar o conhecimento que têm com os aparatos tecnológicos, pois é comum entre elas o pensamento de que não vão conseguir.