Objetivamos com este a artigo refletir sobre alguns dos conceitos relacionados à variação linguística e o uso de clichês presentes nos textos dos estudantes do Ensino Fundamental em uma turma da EJA, no município de Vitória de Santo Antão em Pernambuco. Tratamos dos tópicos: a língua e as variedades linguísticas; a normatização e os preconceitos no uso de clichês como formas variantes do argumento, cujo sujeito pode ter seu texto construído sobre as bases do discurso alheio. Além disso, podemos perceber que o uso da Gramática Prescritiva não é um norte a ser seguido sem contestação de uma inequívoca possibilidade de ascensão social e de um inquestionável entendimento semântico. Tentamos contextualizar sempre os conteúdos comunicativos presentes na língua viva e útil para que o estudante perceba tal procedimento e entenda a importância dele. Uma vez que devemos ser, como bem disse Faraco, no livro Norma Culta Brasileira, “camaleões linguísticos”. Porquanto, a depender do público e do ambiente em que se esteja, o grau de formalismo e intenções comunicativas, devemos nos moldar e nos adaptar, permitindo-nos até deixar de lado a normatividade para se ser bem entendida a mensagem, sido isso incrementada na temática geral do nosso estudo. A nossa cultura tem sido intolerante com muitas das variedades brasileiras do português e transformou em fator de discriminação social o modo como parte da população fala a língua. A escola não deve jamais compactuar com esse modo de pensar e agir, por isso um debate amplo na sociedade dever ser constantemente desenvolvido e fazemos de forma moderada neste artigo. É forçoso nos acendermos positivamente para as muitas variedades brasileiras do português, abarcando como a língua existe socialmente e porque ela é tão diversificada. Temos de ter a coragem de expor e ampliar esse leque de discussão em nossas salas de aulas. Por esse motivo é que desenvolvemos esta pesquisa e pleiteamos apresentá-la no CONEDU, como forma de expansão do debate a respeito de tão nobre temática.