Este trabalho tem por finalidade, frente à necessidade de se pensar práticas pedagógicas subsidiadas pelo viés da educação intercultural a dialogar com os diferentes sujeitos sociais inseridos na Educação de Jovens e Adultos (EJA), de modo, a contribuir no processo de formação do desenvolvimento de sujeitos sociais leitores a transitarem de forma bem sucedida tanto, dentro, como fora do âmbito escolar. O problema é que a escola além de incluir os múltiplos alunos, categorizado na sua maioria por uma diversidade de identidades culturais, geracionais, mas também étnico-raciais, de gênero, oriundo do espaço rural/urbano, de inserção no mundo do trabalho, de trajetórias e expectativas motivacionais, necessita, sobretudo, repensar o ensino que além de alfabetizar focada no desenvolvimento de sujeitos sociais leitores/ escritores para o atendimento das capacidades e habilidades exigidas na contemporaneidade. Para discutir o tema ora proposto, se faz necessário fazer uma pesquisa de natureza qualitativa ancorada numa abordagem do tipo revisão bibliográfica, com base nas contribuições além do campo da Educação, busca-se transitar na área da Sociolinguística, da Sociologia, entre outras. Os resultados e discussões apontam nesta pesquisa É indiscutível que o desafio colocado à escola de ensinar a língua portuguesa, a língua culta para todas as crianças, jovens e adultos, tem provocado na sala de aula um quadro de tensões quanto às práticas pedagógicas adequadas destinadas ao desenvolvimento cognitivo, aquisição dos domínios das capacidades linguísticas da leitura e da escrita numa perspectiva discursiva no contexto escolar para todos esses alunos nela inserida. Ensinar a ler e escrever educação escolar não tem sido atribuição fácil, e o resultado dessa inadequação escolar é percebido na cultura escolar, quando essa instituição passa a segregar os alunos em turmas de EJA e passa a excluir esses alunos do sistema de ensino, quando não o enxerga como pessoas, dotadas de especificidades humanas singulares. Conclusão. Abordar sobre a questão do alunado oriundo do mundo de cultura oral para a cultura escrita, implica em trazer à tona a discussão da formação docente que dê conta do reconhecimento da heterogeneidade presente no cotidiano escolar, e ainda evoca para a produção de conhecimento que demanda a necessidade de se aprender a conviver com o aspecto da diferença, do ponto de vista, do movimento atrelado à redefinição das práticas pedagógicas.
Palavras- chave: EJA, Formação docente, Práticas pedagógicas.