FRANCISCO, Laelson Vicente et al.. . Anais COPRECIS... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/31446>. Acesso em: 07/11/2024 13:43
Este trabalho tem por objetivo analisar a Companhia de Aprendizes Marinheiro do Rio Grande do Norte na segunda metade do século XIX, mais precisamente nos seus primeiros anos, desde a saída do decreto para sua criação à sua abertura e funcionamento. Este intervalo de tempo compreende os anos de 1872-1879. Apresentamos nesse texto os primeiros resultados da pesquisa de iniciação científica, intitulada: “MARCHANDO COM MUITO GARBO E CORRECÇÃO” A DISCIPLINARIZAÇÃO DE CORPOS NA COMPANHIA DE APRENDIZES MARINHEIROS DO RIO GRANDE DO NORTE NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX. Esta instituição escolar foi criada pelo decreto número 5181 de 16 de dezembro de 1872 e teve sua abertura no dia 12 de agosto de 1873. Sua função, durante o seu período de funcionamento, esteve atrelada a disciplinarização de corpos tornando-os obedientes, capacitados e prontos para o exercício militar como marujos. A Companhia tinha como objetivo o recrutamento de menores entre 10 e 17 anos. Passados os anos de estadia na referida Companhia, esses jovens, quando tidos como aptos para o serviço no mar, eram deslocados/submetidos às Companhias de Imperiais Marinheiro na Corte do país. Para realização desta análise nos apropriamos do conceito de disciplina postulados por Michel Foucault (2009) e em outros autores que trabalham com a temática das Companhias de Aprendizes Marinheiros. Metodologicamente, problematizamos as informações contidas nos Relatórios de Presidente de Província do Rio Grande do Norte, dos Relatórios do Ministério da Marinha. Conclui-se que a referida Companhia se empenhou em normatizar os corpos infantis preparando-os para o trabalho profissional/militar na Marinha do Brasil.