Introdução: As lesões por pressão (LP) constituem-se em problema que persiste ao longo dos anos, ocorrendo em diversos contextos da assistência, principalmente no ambiente hospitalar, comprometendo a segurança e a qualidade de vida do paciente. Os profissionais da enfermagem são os principais responsáveis pelo cuidado a essas lesões. Objetivos: Verificar a prática referente à avaliação da pele e do risco de desenvolvimento de LP nos pacientes; Investigar quais as dificuldades dos profissionais de enfermagem para cuidar da lesão por pressão. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo-exploratório com abordagem quantitativa, realizado entre março a junho de 2014, nas Clínicas: Médica, Cirúrgica e Unidade de Terapia Intensiva de Hospital de Ensino localizado em João Pessoa – PB. Participaram 32 profissionais de enfermagem, que responderam um questionário estruturado em duas partes: 1. Dados sociodemográficos e caracterização quanto à categoria profissional, setor de trabalho, tempo de experiência profissional e forma como adquiriu conhecimentos referentes à LP; 2. Variáveis relacionadas a avaliação da pele do paciente, avaliação do risco em desenvolver LP. Resultados: A amostra distribuiu-se igualmente entre enfermeiros (16/50,0%) e técnicos de enfermagem (16/50,0%). Quanto ao tempo de experiência profissional constatou-se igual proporção entre enfermeiros (56,4%) e técnicos de enfermagem (56,3%), com tempo de atuação, para ambos, acima de 15 anos. Quanto à aquisição de conhecimentos referentes à LP, 53,8% dos enfermeiros e 46,3% técnicos de enfermagem afirmaram ter adquirido na prática diária. No tocante aos cuidados oferecidos pela equipe de enfermagem ao portador das lesões observou-se que 100% dos enfermeiros e 56,3% técnicos de enfermagem realizam a avaliação da pele dos pacientes na admissão. A avaliação do risco dos pacientes para desenvolver LP é realizada por 100% dos Enfermeiros e 93,8% dos Técnicos. Para os Enfermeiros, a maior dificuldade é a falta de material na instituição (50,0%), falta de pessoal para realizar mudança de decúbito a cada 2 horas (12,5%), pacientes graves com déficit de mobilidade (6,2%), falta de pessoal capacitado para avaliar e dar continuidade ao tratamento (6,2%).Conclusão: Considerando as intervenções realizadas por ambas as categorias, em sua maioria, foram pertinentes quando comparadas à literatura. As dificuldades apresentadas pelos profissionais em relação ao seu ambiente de trabalho podem ser sanadas a partir do envolvimento da equipe em interessar-se pela aquisição de novos conhecimentos, bem como cobrar da gestão hospitalar melhores condições de trabalho. A principal contribuição é fomentar a reflexão dos profissionais sobre os cuidados que vêm realizando em sua rotina de trabalho, a fim de potencializar a busca das melhores práticas baseadas em evidências e subsidiar intervenções de educativas junto a esses profissionais e pacientes.