O filme “Quanto Vale ou é Por Quilo?”, de Sérgio Bianchi, lançado em 2005, contempla em seu enredo uma analogia entre o antigo comércio de escravos e a atual exploração social da miséria que constitui uma solidariedade de fachada. Inspirado no conto “Pai contra Mãe”, de Machado de Assis, o filme explora as desigualdades raciais e sociais. Tomado com uma representação de realidades sociais complexas analisaremos a produção enfatizando a importância da sua utilização na prática docente. Sendo assim, esclarecemos que neste artigo buscamos analisar questões que se apresentam à prática docente que busca um ensino nas tessituras da Lei 10.639, conforme previsto desde 2003. Para tanto, consideramos o diálogo estabelecido entre a prática docente e a diversidade étnico-racial que precisa permear o Ensino de História, a prática dos seus educadores. Com a pretensão de atender aos objetivos já citados, ao longo deste estudo, utilizaremos revisões bibliográficas com a finalidade de legitimarmos a importância da realização da discussão que propomos. Então, informamos que o presente texto convida o leitor a refletir sobre as questões étnico-raciais nas aulas de história, por meio da utilização metodológica do filme “Quanto Vale ou é Por Quilo?”, tornando-se algo que, assim com as diferenças, precisa ser discutido e problematizado pelos professores, pensando as práticas educativas que contemplam as diferenças e discutem a necessidade de ações afirmativas que valorizem os educandos negros que compõem os sistemas de ensino, fortalecendo o respeito à diversidade e promovendo a construção da cidadania.