OLIVEIRA, Thiago Rafael et al.. . Anais COPRECIS... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/31449>. Acesso em: 07/11/2024 13:38
Objetivamos com este artigo analisar como o químico italiano Primo Levi (1988), ao adentrar no campo de concentração de Auschwitz no ano de 1944, formulou e utilizou formas de alteridade a partir da educação de seus sentidos perante o horror que encontrara naquele campo. Levi, posteriormente, rememorou e narrou as suas primeiras experiências acerca do Holocausto e como se deram o modelamento das suas sensibilidades perante o evento histórico em sua obra de título “É isto um homem?” Para dialogar com este autor e sua narrativa educativa, apropriamo-nos do conceito de alteridade empregado por François Hartog (1999), com o intento de atrelarmos a adaptação de Levi a certos sentimentos, hábitos e comportamentos ao que Hartog chama de “estranhamento” perante o outro, seja este “outro” representado em “sujeitos”, experiências e “territórios” que se exprimem de forma diferente do e para o narrador ou ainda a sua forma distinta de lançar um olhar sobre os fatos