Apesar das ressignificações e readequações às dinâmicas de mercado, as feiras contemporâneas passam por uma elevada crise de sobrevivência, de descontinuidade. Neste sentido estratégias de adaptações são realizadas pelos feirantes, como as substituições das mercadorias e das formas de pagamento. Já o poder público, sobretudo no Brasil, tem iniciado a busca pelo reconhecimento destes lugares como patrimônio imaterial, destacando as políticas de salvaguarda e os projetos de requalificações destes lugares. O presente estudo trata-se de trabalho de pós doutorado realizado junto ao Programa de Pós Graduação em História (UFCG). Nos propomos a dar continuidade ao processo de inventário das referências culturais da Feira Central de Campina Grande em busca do reconhecimento nacional concedido pelo IPHAN como patrimônio cultural do Brasil, iniciado em 2007 pela Prefeitura de Campina Grande-PB. No livro de lugares, a Feira de Campina apresenta características peculiares de ofícios e modos de fazer, expressões culturais, edificações de valor social. A pesquisa coordenada por nós, seguiu a metodologia própria do IPHAN, denominada INRC e contou com a valiosa colaboração de estagiários contratados pela PMCG, voluntários, educadores, além dos técnicos da superintendência do IPHAN-PB.