O presente trabalho, tem como objetivo relatar atividades pedagógicas, desenvolvidas durante o Estágio curricular obrigatório, na Educação Infantil, através da vivência do PAID – Projeto de Atuação e Intervenção Docente. O referido Projeto objetivou, dentre outros, a exploração da oralidade por crianças atendidas neste nível da educação. Para tanto, fizemos uso de leituras e contação de histórias – prática que caracterizou o nosso PAID. Observamos que as crianças não apenas foram oportunizadas à expressão de suas falas, ao comentarem e opinarem sobre as histórias ouvidas, ou seja, à realizarem suas próprias leituras, mas, a desenvolveram seu potencial criativo por meio do reconto, quando solicitadas, durante as atividades pedagógicas das quais participavam. Sendo a oralidade o eixo de nossos trabalhos, o espaço virou um palco mágico que, enriquecido pela linguagem verbal e visual, oportuniza o despertar da criatividade, da curiosidade, da interação social e, principalmente, o respeito mútuo - aspecto essencial para a convivência humana, através do qual direitos são preservados e experienciados. Sabemos que o mundo se transforma todos os dias, e que a tecnologia é fator e produto dessa mudança, e por estarem tão acessíveis as nossas crianças, os livros estão sendo esquecidos; por isso a leitura se apresenta como um desafio, no qual temos o dever, enquanto educador, de apresenta, a estas crianças, o mundo do livro. Vemos no estímulo à leitura, uma prática que ajuda na formação de alunos leitores. A partir do Estágio Docente e vivência do PAID, desenvolvemos um estudo de natureza qualitativa. Duas instituições de Educação Infantil, uma pública e outra filantrópica, localizadas na cidade de Campina Grande – PB, foram campos da nossa atuação, durante o mês de abril/2017. As crianças da pré-escola, destas instituições, foram os sujeitos envolvidos. Nossas reflexões, decorrentes do estágio docente, foram respaldadas em estudos realizados por RCNEI (BRASIL, 1998), LACERDA (2005), FARIA (2009). Nossa experiência durante o referido estágio pode evidenciar, dentre outros, que o estímulo à leitura ou contação de histórias, na prática pedagógica da Educação Infantil, pode auxiliar na formação de alunos leitores. Por fim, concluímos que as crianças, ao serem oportunizadas a falar, em práticas pedagógicas que fazem uso da leitura e contação de histórias, também são oportunizadas a viverem sua imaginação, fantasia, e a transitarem de um mundo imaginário para um mundo real, regido por uma cultura que o caracteriza. Através desta prática, crianças vivenciam e significam situações reais do cotidiano. A contação de histórias está cada vez mais presente nas escolas e, ao considerá-la como condutora de significados para a prática pedagógica, enfatizamos sua importância enquanto produtora e estimuladora de linguagens, e preservando seu caráter literário, numa reciprocidade mútua, em que, educador e criança são aprendizes.