Esse texto tem por objetivo refletir sobre minha experiência enquanto aluno da pós-graduação da Universidade Federal de Campina Grande-PB, na disciplina de Metodologia da Escrita. Neste ensaio venho discorrendo sobre a escrita-arte e do meu “estranhamento” inicial no que se refere ao objeto de estudo escolhido, assim como a minha aproximação dele, de como fui subjetivando esses encontros com os sujeitos da pesquisa para que, pelo viés da sensibilidade, conseguisse ressignificar minhas formas de escrever, gestando uma escrita sedutora e apaixonada. Essa relação pesquisador/objeto/sujeito “desemboca” em um processo transformador e ao mesmo tempo vanguardista na arte de gestar a escrita. Aqui busco fugir das formas cartesianas de pesquisa “impostas” pela academia e, de forma provocativa, objetivo trazer reflexões sobre a liberdade criativa para que tanto alunos quanto professores repensem seus métodos. Foi saindo do lugar de “autoridade” que, enquanto pesquisador, dei voz aos silenciados e me propus compor uma escrita de si e do outro baseada nas relações de alteridade. A música “A linha e o linho” do cantor e compositor Gilberto Gil da o mote necessário para que eu construa um processo criativo de escrita traçando um paralelo a partir das minhas vivências de pesquisador-apaixonado. É importante considerar que para discutir sobre “escrita de si” utilizei Durval Muniz de Albuquerque Junior (2013), assim como para trazer o conceito de experiência se fez presente Jorge Larrosa (2004). O conceito de sexualidade utilizo a partir de Guacira Lopes Louro (1999) e sobre sensibilidade dialogo com Marcus Aurélio Taborda de Oliveira (2012).