Resumo: As diferenciações formais entre a linguagem falada e a escrita são diferenciadas pelas condições de produção e uso da linguagem. A linguagem oral está relacionada diretamente ao contexto sociocultural no qual o discente está inserido, já a linguagem escrita que geralmente é trabalhada na sala da aula, muitas vezes é tratada de forma descontextualizada pelos docentes. A linguagem escrita possui características próprias e não pode ser considerada como representação da fala, pois a fala consegue reproduzir diversos fenômenos como a entonação da voz gesticulação, entre outros. Neste aspecto, a presente pesquisa teve por objetivo avaliar a influência da oralidade nas produções textuais de discentes do ensino fundamental da Educação de Jovens e Adultos. A pesquisa foi realizada no período de 10 a 18 de outubro de 2016 e contou com a participação de 15 estudantes, da Educação de Jovens e Adultos da Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Costa e Silva, localizada na cidade de Cajazeiras - PB. A investigação foi realizada por meio de um estudo de caso no qual os discentes foram estimulados a produzirem livremente um texto sobre a temática violência contra a mulher. Os resultados obtidos indicam a ocorrência das marcas da oralidade na escrita dos discentes. Nos textos analisados as marcas de oralidade mais recorrentes são de palavras bem próximas, os marcadores conversacionais e, a escrita bem próxima da transcrição fonética. Fica evidente que os educandos ainda não conseguiram diferenciar a linguagem falada da escrita, incumbindo ao professor a desenvolver atividades que trabalhem essa diferença.