À escola tem sido atribuída a tarefa, dentre outras, de orientação quanto à sexualidade. No entanto, observa-se dificuldade do docente na abordagem de tais assuntos, que parece ser resultado da carência de conhecimentos sobre a temática e/ou experiências negativas em sua educação sexual. Assim, este estudo objetivou identificar experiências de docentes em sua educação sexual e sua atuação nesta prática. Trata-se de estudo quantitativo, realizada com professores do ensino médio de três escolas no município de Juazeiro do Norte, Ceará. Participaram do estudo 25 professores, a maioria do sexo masculino (68%, n=17), idade entre 30 a 35 anos (16%, n=7), pardos (28%, n=8), católicos (56%, n=14) e com mais de 10 anos de atuação (20%, n= 5). Foram adotados questionários como instrumento de coleta de dados. O estudo respeitou a resolução 466/12. Observou-se que 58% (n= 11) dos docentes afirmaram não terem tido satisfatória orientação quanto à educação sexual na adolescência e que esta foi da forma tradicional. A maioria (47%, n= 9) revelou existir necessidade de esclarecimento dos adolescentes em seu processo de educação sexual. Alguns docentes apontaram que se faz necessário orientar adequadamente discentes quanto à sexualidade (31%, n=5). Acredita-se que a história da educação sexual dos docentes possa interferir na abordagem destes temas junto aos discentes. Experiências prévias positivas implicam em posturas saudáveis na condução destas temáticas pelos docentes, reduzindo situações de risco, eliminação de preconceitos com elevação dos indicadores saudáveis de saúde, garantindo comportamentos e atitudes respeitosas que se perpetuarão na vida adulta.