O presente trabalho tem como objetivo discutir a construção da sexualidade enquanto discurso científico e produção de saber. A pesquisa foi realizada a partir da análise da obra História da Sexualidade: A vontade de Saber, de Michel Foucault, que critica a hipótese repressiva como fundamento da história da sexualidade na Idade Moderna. Para Foucault (2012), os elementos repressivos possuem um papel de produção da verdade dentro do discurso, que consiste em um mecanismo de poder. O autor destaca o surgimento da Ciência da Sexualidade no século XIX, época marcada pela incitação aos discursos sexuais, que são evidenciados com a vasta produção de teorias, contrapondo-se, à hipótese repressiva. Percebe-se que as categorias advindas da proliferação dos discursos propiciam o controle dos corpos. Constata-se que a sexualidade é imprescindível no processo de produção de verdade e constituição da subjetividade na Modernidade.