A amamentação representa uma prática natural que fortalece o laço emocional entre mãe e filho. Além de ser uma forma econômica e eficaz de alimentar a criança, o ato de amamentar desempenha um papel crucial no reforço do sistema imunológico do bebê, o que, sem dúvida, auxilia na redução da morbimortalidade infantil. Diante de sua relevância, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a amamentação comece na sala de parto, na primeira hora de vida, e que seja mantida de maneira exclusiva até os seis meses, sem a introdução de qualquer tipo de alimento sólido, semissólido ou líquido. No entanto, mesmo com todos esses benefícios, os índices de amamentação ainda são insatisfatórios, distantes das metas estabelecidas pela OMS. Portanto, é responsabilidade dos profissionais de saúde realizar ações educativas que incentivem e estimulem a prática da amamentação. Dada à importância desse tema, é essencial analisar os aspectos relacionados à amamentação sob diferentes perspectivas. Todas as mulheres, independentemente de classe social, etnia, raça ou condições socioeconômicas e culturais, devem ser consideradas nesse cenário. Nesse sentido, destaca-se a situação das mulheres encarceradas, cujos direitos à saúde são garantidos pelo Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário (PNSSP), implementado pelo Governo Federal em 2003, que assegura a elas o acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS). Considerando essa relevância, uma das autoras deste texto, enquanto enfermeira assistente em uma unidade prisional feminina no Ceará desenvolveu atividades educativas sobre o assunto. Assim, este trabalho é baseado na experiência de uma das autoras, com enfoque na amamentação e na educação em saúde para mulheres privadas de liberdade.