Desde a chegada ao Brasil, os pomeranos vivem majoritariamente em comunidades afastadas dos grandes centros. É provável que este afastamento tenha contribuído para a preservação de seu patrimônio cultural imaterial mais valioso: a Língua Pomerana. O objetivo deste estudo é investigar como os recursos tecnológicos são utilizados no ensino do componente curricular de Língua Pomerana e analisar as percepções dos professores sobre a eficácia desses recursos na aprendizagem dos alunos. Através de um questionário aplicado para professores de Língua Pomerana do Município de Santa Maria de Jetibá - ES, coletou-se dados sobre a experiência de ensino, a frequência de uso de recursos tecnológicos e suas opiniões sobre a eficácia desses recursos no processo de aprendizagem. As respostas foram analisadas quantitativamente para identificar padrões e tendências. Os resultados indicam que metade dos professores possuem menos de cinco anos de experiência no ensino da Língua Pomerana, enquanto um terço têm entre seis e dez anos de experiência, e um pequeno grupo possui mais de onze anos de experiência. Em relação ao uso de recursos tecnológicos, a maioria dos professores utilizam esses recursos "às vezes", uma pequena parte "sempre", um número reduzido "raramente" e uma minoria "nunca". Quando questionados sobre a eficácia dos recursos tecnológicos na aprendizagem da Língua Pomerana, metade acredita que esses recursos melhoram a eficácia da aprendizagem, pouco menos da metade afirma que a eficácia depende do contexto, e uma pequena fração considera que não faz diferença. A análise dos dados revela que, embora a maioria dos professores utilize recursos tecnológicos de forma moderada, há uma divisão quanto à percepção de sua eficácia. Nesse sentido, nota-se que ainda há muito o que se refletir sobre a incorporação de tecnologias educacionais de ensino para a preservação desta língua que é um patrimônio imaterial do povo tradicional pomerano.