A avaliação da aprendizagem é uma tarefa permanente e essencial do trabalho docente que possibilita verificar o progresso dos(as) educandos e a qualidade do ensino. Trata-se de uma ação investigativa complexa em que resultados sobre o aproveitamento escolar são obtidos e comparados com objetivos pedagógicos propostos. Seu propósito é identificar impasses, desafios e potencialidades das situações didáticas, configurando-se como um recurso subsidiário para a obtenção de resultados educacionais satisfatórios. Por meio da avaliação, professores(as) obtêm dados relevantes dos fatores favoráveis e desfavoráveis de sua prática educativa e, assim, podem reorientar seu trabalho para tornar o ato de ensinar e aprender produtivos e exitosos. No entanto, observa-se que na prática escolar cotidiana, não raramente, a avaliação deixa de cumprir sua função formativa, reduzindo-se ao processo de aplicação de enxames e atribuição de notas, sendo usada como objeto de controle formal com objetivo meramente classificatório. Dessa forma, observar como a avaliação escolar está sendo realizada é crucial para compreender as fragilidades da Educação Básica, principalmente no ensino de Química, em que avaliações equivocadas se aliam a concepções tradicionalistas, contribuindo fortemente para a criação de ambiente propenso a fracassos escolares, onde alunos(as) são avaliados(as) apenas por suas capacidades de reproduzir conceitos teóricos abstratos e de aplicar rigorosamente equações matemáticas na resolução de problemas. Nessa direção, esse trabalho teve como objetivo investigar as práticas avaliativas de professores(as) de Química do Ensino Médio do interior do Ceará. A metodologia consistiu na aplicação de questionário e na realização de avaliações de situações escolares hipotéticas. Os resultados obtidos possibilitaram identificar pontos que devem ser aprimorados. Observamos que embora os docentes tenham consciência das funções educativas da avaliação, ainda há fragilidades a serem superadas, a destacar: valorização da avaliação somativa, priorização de aspectos quantitativos, falta de clareza nos objetivos educacionais e engessamento institucional do processo avaliativo.