O presente artigo pretende discutir a representação que a formação estética docente tem, no sentido de suscitar um olhar inerente à educação da sensibilidade. Para tanto, por intermédio de uma pesquisa bibliográfica e qualitativa, em primeiro momento, trouxemos ao debate alguns aspectos do paradigma educacional que gravita em torno do modelo neoliberal contemporâneo que, como é notório, tem dado à educação contornos de mercantilização. Passado esse átimo, estabelecemos um perfil da Base Comum Curricular Nacional (BNCC), na intenção de desvelar o projeto capitalista que vem acompanhado dessa estrutura curricular, objetivando-se, assim, instaurar uma pedagogia de competências que tem pouco ou nenhum alcance epistêmico, emancipador e, verdadeiramente ontológico. Após isso, apresentamos alguns dados acerca de uma fortuna crítica sobre formação de professores, cujo objetivo foi destacar partes de fundamentos, no afã de indicar bases epistemológicas que nos possibilitem ancorar a didática professoral ligada à educação estética. Depois desse instante, fizemos a análise das narrativas Tudo que eu sei sobre o mar, de Ana Paula Marques; Uma princesa diferente?, de Cristiane Sousa e O tempo que o tempo tem, de Efigênia Alves, que integram a coleção de livro do Programa de Alfabetização na Idade Certa (MAIS PAIC), na busca de demonstrarmos a relevância estética e educacional dessas obras, no decorrer de sua apresentação no espaço escolar.