Práticas educativas têm apresentado forte potencial para a abordagem do conhecimento sobre plantas medicinais em uma perspectiva científica e com maior significado para os discentes. Assim, o objetivo desse trabalho foi desenvolver uma ervanaria dentro do ambiente escolar com espécies medicinais como forma de despertar o interesse dos estudantes pelo conteúdo do Itinerário Amazônico com potenciais terapêuticos comuns na região em que vivem. A metodologia adotada foi a pesquisa ação, por meio da qual foi possível traçar um plano de execução do projeto com alunos do segundo ano do ensino médio. O plano de ação consistiu em aulas expositivas dialogadas sobre os conhecimentos acerca da temática, levando em consideração as implicações práticas e científicas. Os discentes tiveram a oportunidade de participar ativamente da construção de uma ervanaria na escola utilizando espécies medicinais comuns da região. Ao longo da atividade, a maioria dos alunos demonstrou ter tido contato com essa temática em outras oportunidades, mas sem vivências com a utilização direta de plantas medicinais. Por meio do envolvimento com essa pesquisa, outra parcela que demonstrou experiência com a utilização dessas plantas conseguiu fazer uma relação entre este conhecimento prévio e os conteúdos teóricos sobre as plantas abordadas durante as aulas de aprofundamento em saúde. Conclui-se que uma educação embasada no estabelecimento de diálogo entre os saberes populares e científicos promovem a inclusão de temas comumente desvalorizados e pouco atrativos.