O valor do prazer na aprendizagem pode também ser apresentado na forma de jogos de cartas que expõem conteúdo científico específico. Assim, no ensino de minerais e rochas para estudantes de Ciências do ensino básico brasileiro é proposto um jogo de cartas baseado no jogo de charadas (Heads up). Para o desenvolvimento do jogo algumas regras foram previamente estabelecidas: (1) as rochas seriam aquelas mais comuns na crosta terrestre (basalto, granito, arenito, calcário, quartzito e mármore) e, (2) os minerais seriam os principais e alguns minerais secundários das rochas acima (quartzo, feldspato K, plagioclásio, anfibólio, olivina, calcita, magnetita, biotita, muscovita, espinélio, pirita e fosfato), totalizando 6 rochas e 12 minerais. Considerando-se um grupo de jogadores máximo de 10 pessoas, estabeleceu-se um jogador adivinhador que sairia com a carta de um mineral ou de uma rocha específica e 9 jogadores receberiam 1 carta com 6 respostas. Se a carta for de um mineral, cada carta reposta seria padronizada com 6 itens referentes a: 1 de classificação diagnóstica, baseada nas propriedades físico-químicas macroscópicas; 1 de classificação química; 1 de utilização humana; 1 de localização comum do mineral na crosta terrestre; 1 de processo de formação e, 1 de ocorrência numa rocha. O total de cartas resposta para minerais seria de 120 cartas. No entanto, se a carta for de rocha os 9 jogadores receberiam da mesma forma uma carta resposta com 6 itens referentes a: 1 densidade; 1 coloração; 1 localização na crosta terrestre; 1 utilização humana da rocha; 1 processo de formação e, 1 minerais constituintes. O total de cartas referentes às rochas seria de 60. O total de cartas do baralho proposto seria de 180. Pretende-se que o jogo seja uma ferramenta para fixação de conteúdo, além de possibilitar o reconhecimento das principais rochas da crosta e de seus minerais.