A Educação Libertadora busca o protagonismo e transformação, a partir da conscientização e autonomia dos sujeitos. A partir disso, observamos a educação como um caminho para promover acesso a mudança e transformação social. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é refletir sobre a relação da educação libertadora e as práticas realizadas na Unidade de Gerenciamento de Projetos de Prevenção de Violência (UGP-PV), no município de Sobral. A metodologia é baseada em um relato de experiência de estágio curricular em Psicologia. A UGP-PV nasceu através de um decreto em 2017, com o objetivo de executar políticas públicas relacionadas a prevenção de violência, promoção da cultura de paz e cidadania. As ações voltam-se à jovens de 10 a 29 anos, mapeados através da matriz de vulnerabilidade desenvolvida pela unidade. Os dados foram analisados com base na análise de conteúdo, elencados em três categorias: ação, autonomia e libertação. A UGP-PV realiza diversas ações em territórios específicos dentro do município de Sobral, suas práticas se baseiam em três pilares: garantia de direitos, intersetorialidade e atuação customizada. Buscando gerar garantia de direitos, participação social e autonomia há construções de oficinas, junto aos territórios como: oficina de stencil, de colagem, produção de livros através das trocas realizadas, como o livro das perguntas, zine “ó us papo”, livro das trajetórias, parceria com grupos de slam e etc, fortalecendo o saber popular. Nesses momentos, ocorre garantia de direitos e se observa o despertar de conscientização e participação social, onde os próprios indivíduos solicitam maior frequência de ações e auxiliam nos momentos, gerando assim autonomia individual e grupal, emancipação comunitária, política e individual. Nesse sentido, concluímos que a prática da educação libertadora junto a Unidade de Gerenciamento de Projetos de Prevenção de Violência (UGP-PV) se apresenta como um espaço onde podemos enxergar a construção da consciência e autonomia libertadora.