Em um contexto de crescente cenário de desinformação, sensacionalismo e fake news, urge a necessidade de aprendizagens significativas desde os anos iniciais do Ensino Fundamental I, no intuito de garantir uma formação crítica e dialogada. Nesse sentido, a experimentação em laboratórios de pesquisa desde esse nível de escolaridade é fundamental, uma vez que ela quebra a rotina, leva os estudantes para fora de sala de aula, permite o uso de materiais diferentes e integra prática aos estudos teóricos. Isso aproveita e aguça a curiosidade inerente a essa faixa etária, sendo fundamental para uma formação integral. Este trabalho é um relato de experiência descritivo que visa compartilhar as vivências de turmas do Ensino Fundamental I em laboratórios de pesquisa. O objetivo é apresentar possibilidades dessa integração para discentes e docentes através da sequência de aulas implementadas. O trabalho foi realizado no segundo semestre de 2023, em colaboração com estagiárias, sob orientação do professor responsável, e com o apoio das professoras e auxiliares das turmas do 2º ano do Ensino Fundamental I em um Colégio de Aplicação na cidade do Rio de Janeiro. A sequência contou com 4 aulas de duração variável (25-50 min) feitas no turno da manhã. A primeira abordou um tema diferente do que estava sendo visto em sala de aula - insetos, para possibilitar o uso do microscópio simples. Já as outras 3 focaram em um encadeamento do tema das aulas teóricas - sistema digestório, a fim de torná-lo mais atraente. Como forma de avaliação, as professoras regentes fizeram atividades em sala sobre o que os alunos haviam visto no laboratório. A cada aula os alunos chegavam mais entusiasmados e com muitas perguntas pertinentes e surpreendentes para idade, o que revela a importância dessa aproximação dos alunos com os laboratórios de pesquisa desde o momento inicial de sua formação.