O presente trabalho propõe uma análise aprofundada sobre a representação da loucura na literatura, um tema complexo e multifacetado que vem recebendo crescente atenção no cenário contemporâneo. Partindo da premissa de que a loucura é um tema sub-representado na literatura, o estudo busca investigar como os escritores abordam essa temática e como ela é construída por meio da linguagem e da narrativa. A obra "A caçada" de Lygia Fagundes Telles é escolhida como objeto de análise devido à sua riqueza temática e estilística. A autora utiliza uma linguagem peculiar e recursos narrativos distintos para explorar a psique humana e os limites entre o real e o imaginário. O conto oferece um terreno fértil para a investigação da loucura, pois apresenta elementos fantásticos e uma atmosfera permeada de ambiguidade e instabilidade. Para alcançar os objetivos propostos, a pesquisa adota uma abordagem investigativa e interpretativa, baseada em fundamentos teóricos que enfatizam as funções da linguagem, a adjetivação e a temporalidade como elementos-chave na construção da noção de loucura na obra literária. A pesquisa se baseia em referencial teórico que aborda as funções da linguagem, a adjetivação e a temporalidade como elementos que conduzem à noção de loucura na obra de Telles. Por meio da análise minuciosa desses aspectos, busca-se compreender como Telles utiliza a linguagem como um instrumento para transmitir sensações, emoções e estados psicológicos associados à loucura. Os resultados esperados não apenas contribuirão para um melhor entendimento da representação da loucura na literatura, mas também abrirão espaço para reflexões mais amplas sobre questões relacionadas à saúde mental, estigma social e construção de identidade.