O ano de 2015 foi um marco na inclusão de pessoas com deficiência em todos os espaços da sociedade brasileira. A Lei nº 13.146/2015, Lei Brasileira de Inclusão (LBI), tem como objetivo assegurar e promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania. Desde então alunos que antes estavam marginalizados e afastados de espaços de inclusão passaram a ter seu lugar garantido nas escolas. Nesse processo, os alunos com Necessidades Educacionais Específicas (NEE) ao ingressar na educação profissional e tecnológica vivem uma série de novas experiências e desafios que impactam positiva e negativamente em sua formação pessoal e profissional. Nesse sentido conhecer seus sentimentos e percepções diante dessa trajetória torna-se instrumento muito importante a ser analisado para o melhor acolhimento e desenvolvimento desses alunos no ambiente escolar. Este trabalho buscou analisar percepções e sentimentos que permeiam o processo de inclusão de alunos portadores NEE diante dos desafios enfrentados no percurso de sua formação no IFRN- Campus Ipanguaçu. A amostra foi composta por alunos com NEE acompanhados pelo NAPNE-IP. Como instrumento de coleta dos dados utilizou-se uma entrevista semi-estruturada. Para análise dos resultados as perguntas dessa entrevista foram agrupadas em categorias que atendem os sentimentos e percepções diante dos desafios enfrentados no contexto escola. Os resultados indicaram que: para os alunos, a trajetória acadêmica é uma oportunidade de convívio social, uma prática de constante aprendizagem cheia de desafios e oportunidades; quanto aos sentimentos percebe-se que a insegurança e medo apresentadas no início dos cursos, transformou-se em satisfação e autoconfiança no decorrer da formação.