A presente pesquisa versa das vivências e resistências das etnias indígenas existentes no estado do Maranhão, com ênfase no ´povo Guajajara-Tenetehara.Com o objetivo de analisar o contexto histórico dos povos indígenas do estado supra citado pelo viés do percurso metodológico de pesquisa qualitativa com enfoque crítico dialético haja visto que nos conduzirá a uma busca por compreensão dentro das complexidades das relações étnicas. Esta abordagem metodológica envolve uma postura de criticidade e entendimentos dos significados históricos e contextualizados. Como principais resultados elenca-se um comparativo do quantitativo de sujeitos indígenas partindo do século XVII até os dias atuais, bem como também das etnias. Detectou-se assim uma redução das etnias que acabaram caindo nos processos de aculturações ou foram dizimadas por completo. Outro ponto a ser abordado é a questão da demarcação das terras indígenas, haja visto que a grande maioria tenha sido invadida, atribui-se assim com este feito certa autonomia a estes povos que mantém viva a esperança de manutenção de seus acervos culturais e históricos, preservando assim as suas características culturais. Neste viés permaneceu assim o povo Krikati, Canela, Guajajara Tenetehara e Gavião. Estes tem sido resilientes e prevalecem até a atualidade na busca das garantias de seus direitos outrora elencados na Constituição Federal de 1988. O cenário atual não evidencia aqueles momentos de derramamento de sangue escancarado como acontecia anteriormente. Porém os passos dados rumo a superação de preconceitos raciais contra os sujeitos indígenas ainda soam como utópicos. Os etnocídios oficiais são sutis, porém modelos culturais desconhecidos, economias alheias e religiões adestradoras tem sido trazida junto as aldeias indígenas numa tentativa de sufocamento cultural e étnico.