O artigo tem por objeto a relação entre o ensino de História, que busca uma compreensão acerca do sentido da trajetória da humanidade, cujo paradigma exige situarmos no tempo, no espaço e no contexto a formação humana, considerando o ser humano na sua complexidade, ou seja, as dimensões físico, social, psicológica, afetiva, emocional. e a formação técnica-profissional. O lócus da pesquisa se insere no Instituto Federal do Ceará – IFCE, campus Cedro. O objetivo do estudo é construir uma reflexão que ilumine a seguinte problemática: como ensinar História na perspectiva de desenvolver o senso crítico sobre a realidade social na qual se inserem, em turmas do ensino médio técnico integrado? Para desenvolver esta perspectiva de reflexão adotamos a abordagem dialética com a finalidade de perceber em profundidade a relação entre o ensino de História, a formação humana e a proposta da formação técnica profissional. A relevância do estudo/reflexão justifica-se a partir da nossa percepção como docente, no cotidiano da sala de aula, das evidências acerca da apatia e não valorização relativa ao conhecimento histórico, cultural e humano. No dia-a-dia escolar, nas aulas de História, especificamente, tem-se identificado a ausência de interesse pelo sentido dos conteúdos da referida disciplina, quando não somos interpelados pelos estudantes com indagações sobre fontes do conhecimento, reflexões, dúvidas, curiosidades e inquietações capazes de suscitar debates e confrontações de perspectivas interpretativas próprias da escrita da História. Consideramos tais constatações como dificuldade para a prática pedagógica, o que se torna uma problemática não somente para o sentido do ensino de História, mas, sobretudo, para a ciência da Educação, na medida em que a formação dos estudantes inclui a formação de sua capacidade crítica diante dos desafios da realidade, bem como da formação da autonomia do ser-no-mundo. Torna-se urgente refletir proposições acerca do sentido dos conhecimentos históricos como subsidio da práxis educativa visando a construção da consciência histórica do estudante no seu processo formativo, premissa que caracteriza a pedagogia da autonomia e a formação do pensamento crítico e do fazer histórico.