As práticas de alfabetização na Educação Infantil, embora não sejam unânimes, compreende-se que elas ocorrem perpassadas na rotina desta primeira etapa da educação básica. Entende-se a alfabetização sob a perspectiva do letramento e/ou múltiplos letramentos, nos quais a língua é vista e utilizada nas suas funções sociais, nas diversas áreas de desenvolvimento humano. Este trabalho se trata de um relato de experiência docente de práticas de alfabetização no contexto da rotina de uma turma de infantil V da rede municipal de Fortaleza. Objetiva-se apresentar práticas alfabetizadoras ocorridas em uma sala do Infantil V. Intenciona-se também realizar um levantamento do repertório teórico sobre essas práticas na Educação Infantil. Este trabalho ampara suas discussões nas contribuições de Emília Ferreiro (2013) sobre o ingresso nas culturas do escrito; Ana Carolina Perrusi Brandão (2021) acerca da aprendizagem inicial da língua escrita com crianças de 4 e 5 anos; Artur Gomes de Morais (2022) sobre o desenvolvimento da consciência fonológica na educação infantil e no ciclo de alfabetização; Magda Soares (2022) sobre a perspectiva de alfaletrar, dentre outros autores, que discutem alfabetização também neste segmento da educação. Para realização deste trabalho utilizou-se uma abordagem fenomenológica para a obtenção de informações, visto que essa abordagem favorece pesquisas de observação do cotidiano, já que observa os fenômenos durante seu acontecimento. Verificou-se que, no dia a dia desta turma de infantil V, ocorrem práticas que se aplicam à alfabetização, sendo estas situadas no contexto próprio das vivências/experiências da Educação infantil. Por fim, constatou-se que as experiências de alfabetização vivenciadas na Educação Infantil contemplam/garantem direitos de aprendizagem das crianças, tais como o direito de conhecer-se; expressar-se e conviver.