O presente trabalho apresenta resultados de uma pesquisa sobre a alfabetização do estudante com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e a educação escolar na perspectiva da teoria Histórico cultural. A pesquisa foi norteada pela seguinte problematização: quais as contribuições da teoria histórico cultural para a alfabetização de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA)? O estudo do tema é relevante porque nos últimos anos observa-se uma elevação do índice de alunos com TEA nas escolas, porém, apesar dos avanços na legislação educacional e também nas conquistas nos direitos, a maioria das instituições de ensino ainda enfrentam desafios no que diz respeito a escolarização, de modo especial a alfabetização dos alunos com TEA. O objetivo da pesquisa foi analisar a alfabetização de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), na perspectiva histórico cultural. Para tanto, apresentamos conceitos para educação especial, educação inclusiva, autismo e, por fim, as contribuições da teoria histórico cultural na alfabetização de alunos com TEA. A pesquisa bibliográfica, com abordagem qualitativa, foi desenvolvida no período de agosto a novembro de 2023, O referencial teórico utilizado para fundamentar a pesquisa, teve como referências a Constituição Federal de 1988; as legislações educacionais vigentes, dentre elas, Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), e da Lei Brasileira de Inclusão das Pessoas com Deficiência (2015) e os estudos dos seguintes autores: Vygotsky (1983), Vygotsky (1991), Figueiredo (2010), Soares (2006), Bakhtin (2014), entre outros. Os resultados da pesquisa evidenciam que os alunos com TEA conseguem aprender e alfabetizar-se considerando que os docentes na perspectiva histórico cultural devem compreendê-los como sujeitos da sua aprendizagem e que suportes devem ser oferecidos com vistas à busca da autonomia.