O artigo analisa a Curricularização da extensão universitária como uma proposta de abordagem didático-pedagógica, que visa contribuir para a formação de futuros profissionais capacitados para práticas sociais transformadoras, realizadas de maneira crítica e interdisciplinar com a sociedade, articulando teoria e prática. A pesquisa é fundamentada na experiência de uma faculdade no Maciço de Baturité, Ceará, onde estudantes de Serviço Social planejaram e conduziram oficinas sobre direitos sociais em diferentes instituições locais. No contexto da educação superior brasileira, a extensão é definida como uma atividade interdisciplinar e política, integrada à matriz curricular e à pesquisa, promovendo a interação entre instituições de ensino e a sociedade. Entre as diretrizes da extensão, ressalta-se a interação dialógica entre a comunidade acadêmica e a sociedade, possibilitando a troca de saberes e o empoderamento dos grupos sociais para a transformação social. Por meio dessas atividades de extensão, os estudantes objetivaram colocar em movimento o paradigma de educação popular, sistematizado por Paulo Freire, cujo propósito é contribuir com o processo de conscientização, formação e mobilização de grupos sociais visando a emancipação humana. Destaca-se a educação popular também como ferramenta pedagógica no ensino superior, fundamentada na práxis transformadora, no diálogo e no conhecimento popular, em uma relação horizontal entre professor, aluno e comunidade.