A contação de histórias é uma forma lúdica de transmissão de conhecimentos e um poderoso estímulo a imaginação, pode até parecer uma atividade que perdeu seu encanto para a maioria das crianças que na atualidade vive imersas nas redes sociais. Mesmo competindo com a internet, o livro infantil não perdeu o seu brilho e sua função, cabe ao professor ao se transformar em um contador de história, atrair a atenção das crianças e dos jovens, pois há uma diferença enorme, entre apenas ler uma história e contar uma história. O presente trabalho tem como finalidade analisar como é trabalhada a contação de história pelas professoras de uma escola municipal de Brejo do Cruz – PB, e como elas se posicionam sobre essa estratégia de ensino para o desenvolvimento cognitivo das crianças. A pesquisa foi de natureza qualitativa, tendo como instrumento de pesquisa uma entrevista semi diretiva, realizada com o quadro de professoras da instituição, lócus da pesquisa. A revisão bibliográfica foi realizada a partir de autores como: Abramovick (1989), Coelho (2002), Busatto (2010), Vigotsky (1999), Bettelheim (2009), entre outros. Constatamos que todas as professoras atribuíram um valor inquestionável a contação de história para o processo formativo das crianças, visto que, amplia o vocabulário, colabora no desenvolvimento de habilidades socioemocionais, estimula a curiosidade, a imaginação e a criatividade e por conseguinte no processo de ensino e aprendizagem delas. Também deixaram claro os desafios de se trabalhar com essa estratégia de ensino, pois precisam dominar técnicas, como as de expressões corporais, entonação de voz, possuírem em algumas histórias recursos didáticos (cenográficos, fantasias, etc.) e um espaço adequado (que nem sempre é o da sala de aula), para que a contação se desenvolva com fluidez e prenda a atenção das crianças, ao mesmo tempo que estimula a interação entre elas.