O artigo apresenta uma análise sobre a promoção da educação inclusiva em museus, com foco na adaptação das experiências para visitantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Destaca-se a importância crescente da acessibilidade nos espaços culturais, considerando as barreiras sensoriais, sociais e comunicativas que podem representar desafios para pessoas com TEA. Com base no referencial teórico-metodológico de Martinand sobre “circularidade”, o texto propõe estratégias colaborativas centradas no visitante para criar ambientes acolhedores e significativos. Os museus acessíveis são destacados como espaços que priorizam a inclusão e a igualdade de acesso à cultura, promovendo recursos como guias em braile, áudio descrições, língua de sinais e programas educativos adaptados. Para atender às necessidades específicas dos visitantes com TEA, sugere-se o envolvimento de especialistas, consulta pública e formação continuada para os funcionários. O Museu da Língua Portuguesa é apresentado como exemplo de instituição comprometida com a acessibilidade e a inclusão, através do “Programa de Acessibilidade” e do “Programa Pertencer”, que inclui uma residência educativa em acessibilidade para pessoas com deficiência. O Museu do Louvre também é mencionado por seu Programa CLEF, que oferece visitas guiadas adaptadas e treinamento especializado para os participantes. Em resumo, o texto destaca a importância da promoção da educação inclusiva em museus, destacando boas práticas e estratégias que visam criar ambientes acolhedores e significativos para todos os visitantes, incluindo aqueles com TEA. Ao adotar uma abordagem centrada no visitante e colaborativa, os museus podem contribuir para a construção de espaços verdadeiramente inclusivos e culturalmente ricos.