O presente trabalho tem por objetivo evidenciar marcas do processo de resistência de movimentos sociais no enfrentamento às exclusões territoriais e educacionais no contexto de instituição da Educação do Campo no Brasil compreendendo que o avanço do capitalismo no campo produziu desigualdades sociais e econômicas orientadas pela lógica da subordinação do campo à cidade e de camponeses e agricultores familiares às elites agrárias, organizando um padrão cultural excludente que perpassa a escola rural e a política educacional hegemônica, requerendo luta organizada para a construção de outra educação orienta a reflexão apresentada neste trabalho. Destacando A luta dos movimentos sociais do campo e em especial do MST na instituição da Educação do Campo assegurou passos decisivos na formulação de uma concepção de política educacional alinhada aos objetivos da reforma agrária popular, cujos fundamentos e implementação requerem, desde o início, a ação e organização em movimento politicamente orientando por um projeto de transformação e contraposto à base de sustentação das exclusões territoriais e educacionais. Assim, considera o processo das lutas pela Reforma Agrária popular (FERNANDES, 2007; 2013), além do protagonismo do MST, há outros movimentos sociais do campo, a exemplo da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), sindicalismo rural de esquerda e articulação com organizações internacionais como a Via Campesina.