O descarte inadequado de resíduos sólidos representa um desafio significativo para a conservação ambiental em zonas costeiras. Desse modo, é fundamental compreender a origem do lixo, as práticas das comunidades locais e visitantes para desenvolver estratégias que amenizem essa problemática. Este estudo objetivou investigar as percepções das pessoas sobre o descarte de resíduos sólidos em ambientes costeiros. O trabalho foi desenvolvido no período diurno nas praias de Grossos e São Cristóvão, no Estado do Rio Grande do Norte, em 2019. Esses locais são caracterizados pelo intenso tráfego de pessoas, presença de habitações e empreendimentos, como restaurantes. Inicialmente, aplicou-se um questionário qualiquantitativo, com seis questões objetivas sobre a origem do lixo, a conduta dos entrevistados frente ao descarte e formas de intervenções. As respostas foram organizadas e plotadas em gráficos através do programa Excel. Os entrevistados relataram que a maioria do lixo descartado inadequadamente é proveniente de turistas (50%) e moradores (32%), além de pescadores (23%), comércio local (23%), e resíduos carreados pela maré (23%). A maioria pontou que, nos ambientes costeiros, descartava o lixo em local adequado (64%), levava para casa (27%), descartava em local inadequado ou outros tipos (8%). Ademais, os populares responderam como poderiam intervir para amenizar o descarte inadequado do lixo, compreendendo: instalações com lixeiras (77%), caminhadas de limpeza (32%), coleta sistêmica (27%) e placas educativas (27%). Portanto, ficou evidenciado que o descarte inadequado de lixo em ambientes costeiros requer uma maior conscientização, intervenções estruturais e campanhas educativas para o fortalecimento das práticas de gestão de resíduos e preservação ambiental.