Quando se fala em educação do campo, logo se vem à mente simplesmente a escola no contexto da zona rural, porém essa modalidade de ensino vai bem além desse cenário. A educação do campo se refere ao educar em diferentes espaços que historicamente o brasileiro construiu como sendo o campo, onde temos os agricultores, os pescadores, os povos indígenas, o engenho e alguns outros ambientes. Então, é de se imaginar quanta cultura, quanta diversidade temos nesses espaços e a importância da singularidade de tais culturais na educação. No artigo temos como objetivo a discussão do ensino no campo e sua gama de culturas, grupos sociais e sujeitos com sua própria história e identidade, devendo tudo isso ser levado em consideração nas práticas pedagógicas. Com isso, a presente pesquisa teve como metodologia uma revisão bibliográfica narrativa, em que as bases de dados investigadas foram as plataformas da SciELO, Google Acadêmico, Academia.edu, além de livros. Dados levantados na pesquisa mostraram que, no Brasil, as práticas curriculares devem ser pensadas de forma crítica, valorizando a cultura dos alunos do campo, as experiências locais, a ciência, interdisciplinaridade e a dicotomia urbano e rural, em que historicamente o primeiro ambiente foi visto superior no seu desenvolvimento e progresso. Porém, os dados mostram que o campo está cada vez mais desenvolvido em tecnologia e demais fontes de renda, quebrando o tabu da sociedade rural viver apenas da agricultora.