O analfabetismo não é um advento desconhecido. É uma temática muito presente no contexto social brasileiro, principalmente entre as classes menos favorecidas, como por exemplo, entre alunos da rede pública de educação. Essa problemática tornou-se ainda mais crescente com a pandemia da Covid-19, cujo índice de contaminação ocorreu entre os anos de 2020 e 2022, afetando negativamente o processo de ensino e aprendizagem. Mesmo com ideias inovadoras, aulas online, videoaulas, ensino híbrido, entre outros, a falta de acesso a esses recursos para a maioria dos estudantes, contribuiu para elevar ainda mais o déficit de analfabetismo. Como pedagoga, atuando na Secretaria de Educação do Estado do Amazonas e na Escola Estadual Candido José Mariano desde 2020, trabalhou-se diretamente no fatídico período pandêmico com alunos do Ensino Fundamental I, pôde-se observar e participar de todo esforço por parte dos professores, escolas, e Secretaria de Educação, no intuito de atender às necessidades dos alunos. Apesar de muitas ações implementadas, não foi possível alcançar todos os alunos, pois havia a falta de recursos bem como a impossibilidade de individualizar as dificuldades apresentadas pelos alunos, através de mecanismos específicos, pois, nesse momento, não havia a presença física do professor. Após observações, constatou-se que alguns dos estudantes do 4º ano do Ensino Fundamental estavam sem o domínio da leitura, situação que causou inquietude. Nesse relato de experiência, portanto, descrevem-se reflexões realizadas a respeito dos estudantes acompanhados durante o período da pandemia, enfatizando as principais dificuldade encontradas no processo de alfabetização, no ano de 2023, foram realizadas entrevistas com os professores que abordavam as ações desenvolvidas em sala de aula na tentativa de sanar a problemática. Palavras-chave: Relato de experiência, Analfabetismo, Domínio de leitura, Escola pública, Covid 2019.