Este é um relato de uma experiência que surgiu a partir da necessidade de despertar o gosto pela leitura e promover o letramento crítico entre jovens estudantes do 8º ano de uma escola pública da cidade de Fortaleza. Infelizmente, sobre os índices de leitura no Brasil, pesquisas recentes informam que o brasileiro lê pouco, e muitos são os fatores que contribuem para isso. Nesse contexto, iniciamos um clube do livro na escola para discutir sobre romances que tenham como mote temas importantes para a atualidade, como racismo, feminismo, saúde mental, entre outros. Paulo Freire (1989) defende que é preciso que a leitura crítica seja estimulada na sala de aula, tendo em vista a liberdade e o desenvolvimento de pensamento crítico para questionar e mudar as estruturas de exploração de minorias. Desse modo, o objetivo é discutir obras que tragam temas relevantes, despertando o senso crítico e buscando uma educação libertadora. Como fundamentação teórica, orientamo-nos nas ideias de Paulo Freire (1989) sobre educação libertadora. Na metodologia, trabalhamos com Círculos de Leitura, na perspectiva de Rildo Cosson (2021). Esta metodologia é imprescindível como forma de estreitar laços de solidariedade entre os discentes e desenvolver a aprendizagem colaborativa. Eles se tornam protagonistas nas discussões, tomam decisões, resolvem problemas, aprendem a ouvir o colega e a defender um ponto de vista. Esta atividade desperta nos discentes a necessidade de refletir sobre temas importantes e, consequentemente, aprender a como sobreviver às truculências da sociedade moderna, caracterizando-se como uma prática de letramento de resistência às injustiças e desigualdades.