O ensino de história nas escolas públicas tem se beneficiado da utilização de diversos materiais audiovisuais como ferramentas de ensino e aprendizagem. Devido ao grande número de obras cinematográficas produzidas sobre o tema, a História Medieval se destaca como uma temática amplamente explorada no cinema. Este artigo tem como objetivo apresentar o filme "O Sétimo Selo" (1957), dirigido por Ingmar Bergman, como uma alternativa para compreender a mentalidade medieval no contexto escolar. Trata-se de uma revisão de literatura sobre iconografia medieval e ensino de história, a partir dos estudos de Jacques Le Goff e Circe Bittencourt, em diálogo com as cenas da obra citada. Estudos anteriores indicam um desafio para os professores: não utilizar o cinema contemporâneo como mera ilustração, mas sim como instrumento de reflexão para compreender as sociedades analisadas. No longa-metragem, é possível observar as danças macabras, pinturas comuns nas igrejas durante a Baixa Idade Média, que representam camponeses, nobres e membros do clero dançando com um personagem que simboliza a morte. Essa cena demonstra a forte presença da morte no cotidiano da sociedade feudal durante o século XIV, com o avanço da peste negra na Europa ocidental. Conclui-se que debater a iconografia presente no filme "O Sétimo Selo" no ambiente escolar, além de incentivar a pesquisa e reflexão por parte dos professores e estudantes sobre a mentalidade medieval, estimula a aproximação entre as linguagens da história e do cinema.