Esse estudo teve como objetivo investigar como a etnobiologia pode contribuir com o processo de ensino e aprendizagem nos conteúdos de biologia, especialmente na abordagem dos grupos sanguíneos em aulas de genética. A etnobiologia, como ciência, procura investigar as relações entre os indivíduos e a natureza, em seus aspectos socioculturais e científicos podendo, desse modo, ser trabalhada como uma metodologia ativa no processo de ensino e aprendizagem. Essa pesquisa é de cunho exploratório e qualitativo e teve como proposta uma tarefa de investigação, realizada com estudantes da 3ª série do ensino médio de uma escola pública regular, no município de Itapipoca-Ce. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados o questionário, a fim de identificar as percepções relacionadas a execução da tarefa e suas contribuições para o processo de aprendizagem. Por serem um conjunto de estratégias com propostas de ensino diferenciadas, as metodologias ativas representam uma alternativa propícia a melhoria do processo educativo, visto que o ensino de biologia em faces contemporâneas ainda é caracterizado pela mecanicidade e a transmissão de informações sendo ainda descontextualizado da realidade vivenciada pelos discentes. Sob essa perspectiva nos deparamos constantemente com uma série de questionamentos sobre quais metodologias são mais eficazes em sala de aula para aproximar o aluno da educação científica e que o faça compreender e aprender os conceitos empregados nas várias subáreas da biologia, especialmente no ensino de genética. Desse modo, esse estudo mostrou que trabalhar a educação contextualizada dentro da perspectiva da etnobiologia é bastante pertinente, quando busca alinhar os conhecimentos oriundos da vida cotidiana dos estudantes na construção do saber científico.